27/10/2010

Tweet não esperado

Depois de um dia ruim, nada melhor que ter a notícia que sua casa foi invadida por uma pessoa que colocou cervejas para gelar.
De agora pra frente, eu to de volta.

24/10/2010

R.E.M - Losing my religion

Life is bigger
It's bigger than you
And you are not me
The lengths thai I will go to
The distance in your eyes
Oh no I've said too much
I set it up

That's me in the corner
That's me in the spotlight
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if can do it
Oh no I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

Every whisper
Of every waking hour I'm
Choosing my confessions
Trying to keep an eye you
Like a hurt lost and blinded fool
Oh no I've said too much
I set it up

Consider this
The hint of century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

But was just a dream
That was just a dream

21/10/2010

Olhando pro teclado

Não, eu não vou fugir desse canto de despejo que é o meu blog.

Hoje eu não quero nada. Não fui à aula. Não quero almoçar. Não quero tomar banho. Não quero tentar fazer carinho no meu gato. Não quero ilustrar. Não quero dormir, não quero o computador e nem quero o SENAC.

Eu to aqui achando que agorinha melhora, mas eu to é caminhando pra merda.

16/10/2010

Cê sabe, eu sou supersticiosa

Essa noite eu não tive sonhos bons. Cê sabe, eu sou supersticiosa, olhei o significado de todos e tudo se entrelaçava. Quem mandou cê me deixar dormir sozinha né? Aposto que se estivesse no colchão, eu não teria sonhado com nada.
Hoje mesmo vou consultar os búzios. Quero saber de qual é a desse destino, que acha que pode vir chegando assim e me derrubar no chão desse jeito. Ñão, é melhor eu não prever a minha sorte, da última vez vi coisa que não queria e me arrependi.
Tô achando então que vou acender um incenso, uma vela no lado de fora da minha casa, jogando açúcar pro alto três vezes, que é pra mandinga dar certo...
...pensando bem, já vi mil vezes os deuses interpretarem errado as intenções das pessoas e a mandinga provocar o contrário. Cê já pensou?
Quando cê acordar, eu te pergunto, juro que te pergunto tudo, timtim por timtim. Quero saber qual é a desse tal destino, que acha que pode vir chegando assim e me botar cabresto desse jeito.

19/09/2010

As primeiras descobertas de Maria Madalena

Nunca conseguiu, por mais que tentasse, adquirir algum vício. Fumou religiosamente por alguns anos, todos os dias e aumentando a quantidade sempre. Engoliu bebidas fortes, criou técnicas para não sentir o gosto e assim descobriu que destilados e esperma exigem a mesma rapidez e destreza ao serem engolidos.
Quando cansou de se forçar e tentar se adestrar, esqueceu-se da nicotina e do álcool com uma facilidade quase que frustrante.
Madah não é o que parecia ser e até ela mesma se assusta com isso. Ficar em casa vendo seus pornôs e comendo sorvete de chocolate lhe parece mais interessante do que transar, sair, se drogar.
Ela quer pular da janela, quebrar os ossos da costela de um jeito que perfurem seus pulmões e o sangue se misture com o ar e suba de nível, até que ela, miserável, se afogue nela mesma.
Acontece que Maria Madalena além de não possuir vícios, também é meio inútil, não serviria nem para se matar.
Estou vendo daqui, essa moça do cabelo escuro, encaracolado, que ó quer usar roupas de baixo, deitada no chão da sala, entregue aos seus pensamentos profundos e escuros, para sempre, amém.

30/08/2010

Mofei

Sabe quando a gente bebe refrigerante Tai na boca da garrafa e ouve Radiohead ao mesmo tempo?
Leo diz: Olha, vou quebrar as surpresas pra você. Você é artista. Seu trabalho não vale nada. Você nunca vai ganhar dinheiro o suficiente, vai ser humilhada e pisoteada por pessoas que não valem o que comem. Caras que fazem contas e outras coisas que podem ser ensinadas para um macaco vão fazer muito dinheiro e jogar isso na sua cara. Mesmo que você se conforme com tudo isso e resolva melhorar o mundo sem ganhar nada, não vai conseguir. Não vai melhorar. Não vai mudar nada. As pessoas não querem a sua ajuda. Não aqui, nesse tempo, nesse sistema, nessa sociedade. Aqui é tudo dinheiro. Se você converter seu trabalho em dinheiro no bolso so chefe, maravilha. Caso contrário,rua. E azar. Todo trabalho artístico hoje é indireto, não gera, por si só, dinheiro, portanto é dispensável.
Desprezível.
Inútil.
Mais vale quem consegue tapear, extorquir, coagir, expremer um centavinho a mais de economia ou um centavinho a mais de lucro.
make the world go away
get it off my shoulder
say the things we used to say
and make the world, make it go away
do you remember when you loved me
before the world, make it go away
make the world go away
get it off my shoulder
say the things we used to say
and make the world, make it go away
now I'm sorry if I hurt you
let me make it up to you day by day
and if you will please forgive me
and make the world, make it go away
make the world go away
get it off my shoulder
say the things we used to say
and make the world, make it go away


*dois textos por dia.

Ai, ai que vida ruim.

Eu tenho certeza que a minha cabeça está aumentando de tamanho. A dor martela e pulsa lá dentro e aí então a minha cabeça vem aumentando, como um balão recebendo sopros de ar (leia a próxima palavra bem devagar) cons-tan-te-men-te.

Tem alguma coisa de errada com o meu coração. Ele bombeia forte demais, minhas veias estão aparecendo sob a pele, as pontas dos meus dedos estão quentes de sangue; sangue que não desce até os pés, pois meus calcanhares estão dormentes. Meus pés vão criar necrose, eu tenho certeza que vão, e vão ter que amputar minhas pernas até na altura do joelho, pra desgraça ser maior.

Meu estômago dói, ai que vida ruim. Eu não cago e nem peido, ai que vida miserável.
Minha casa é um depósito de remédios, achei que fosse morrer com o maldito Amato um dia desses.
Os compostos químicos me amam, e aí dão um jeito de se infiltrar na escola e no meu quarto, instalam doenças em mim para que eu os tome depois.

Xarope, comprimido, injeção, pomada, cápsulas. Ai, que vida maldita.

Eu não posso andar descalço, eu não posso tomar sol, nem comer frituras, nem beber, nem fumar minha maconha. Ai, ai. Ai que vida ruim.

Vem aqui paranóia, mazela, hipocondria. Me deêm um abraço, deitem comigo na minha cama, riam da minha cara e me chamem de doida. Ai, que vida bizarra.

16/08/2010

Nonagésimo

Noite das fases mal dormidas.
Acho que estou pagando por tornar tudo do branco ao negro em questão de segundos e com uma frequencia bem acima do que se é considerado saudável.
Alguém faz o favô de pingá umas gota de sereno aqui?

04/07/2010

Nesse mundo do fone de ouvido, eu tenho certeza que coisas são só coisas, tem seu brilho no começo, mas se viram do avesso, viram um fardo a carregar. Valeu, Chico.

24/06/2010

a
ç
n
a
r
u
g
e
s

onde?

14/06/2010

Quebrando a rotina

A cadeira está quente, meio dura, mas parece ter o formato exato da minha bunda. O chão segura meu pé como se tivesse ventosas e todas as janelas olham para mim. Elas tem o olhar quadrado e a língua pra fora, movendo apenas o globo ocular quando alguma mosca se move, para um lado e para o outro. O gato não consegue se soltar do sofá de pano, que enroscou suas patas com fios dourados tão finos que são quase invisíveis.
Todas as aranhas estão hipnotizadas pelo branco da parede, que vibra em ondas constantes ao ritmo do ponteiro dos segundos.
As baratas não saem do banheiro, porque o bidê as convenceu de que aqui o ar é cor de rosa e, quando inalado, provoca queimaduras de dentro para fora.
As plantas parecem agora conspirar contra mim, conversando com o olhar com a mesa, seguida do seu exército de quatro cadeiras verdes.
A porta, liderando os móveis, entoa um mantra, um zumbido constante e seco, que faz a minha cabeça ondular.
Me levanto com dificuldade, a cadeira estava quase que me abraçando pelos quadris sem que eu percebesse. Caminhar até a cozinha foi uma tarefa árdua, pois o chão parece chiclete derretido pelo calor do centro de Goiânia. Quando levanto o pé para o próximo passo, soa uma onomatopeia: sblosh, sblosh, sblosh. No meio do caminho olho para dentro do quarto vazio e vejo o ferro de passar se escondendo dentro do velho guarda roupa, que mal consegue abrir os olhos devido a idade.
No meu quarto tudo parece estar normal, a não ser pelo detalhe incomodo de eu não poder ver a expressão da minha cama, que está virada de costas pra mim. Eu tenho medo dela.
Passo pelo banheiro e vejo as baratas amoadas ao pé do bidê que conta histórias de como já defecaram em sua cara por engano e de como ele sentiu náuseas após o episódio.
Chego à cozinha. A garrafa de café dá altas gargalhadas com a de chá, que espalha encorpadas gotas fumegantes do seu conteúdo devido a crise de riso. Todas as xícaras estão em formação e aguardam a ordem da comandante porta. A máquina de lavar, com uma mão repousada sobre a outra por cima da barriga e os olhos solenemente fechados, repete sem pausas que não sabe de nada, nunca soube de nada, não tem nada a ver com isso. O fogão e a geladeira, medrosos, fingem estar dormindo. Me abaixo para abrir uma porta do armário. Pego a caixa que está lá dentro, a abro com cuidado. O pequeno frasco que guarda um conteúdo gelatinoso e cor-de-burro-quando-foge não tem qualquer inscrição. Retiro a tampa, engulo todo o conteúdo, me engasgando, sentindo gosto de jornal e a garganta em chamas. A intensidade do mantra aumenta e todos os móveis ficam atentos ao meu gesto, com a boca aberta. Caio no chão com violentos espasmos, a saliva me escapa à boca, a urina me escapa à bexiga, as fezes me escapam ao intestino, o sangue me escapa ao nariz. Agora sim, quem venceu fui eu.

09/06/2010

Olhos vermelhos

Um lado do meu pensamento quer me dizer uma coisa, o outro insiste em falar diferente.
Meu rosto está der re ten do outra vez, black é a música gritando no fundo.
Quando a bruxa sente algo, algo acontece. Nunca foi diferente, salvo o dia em que o professor morreu.
Devo estar anêmica de novo, as pernas perdem a força do nada o tempo todo. Devo estar podre por dentro, defeco sangue há alguns dias. Devo estar maluca, com problemas psiquiátricos, psicológicos, psicanálicos, psicopseudo, pseudoproblemaspsicológicos.

Eu assumo.

16/05/2010

Hoje, só hoje, eu não queria ter acordado.
Queria ter continuado dormindo até me cansar de tanto dormir, até perder a vontade de ficar em coma.
Abro o olho e não tem ninguém do meu lado. Percorro a casa e não encontro ninguém. Perguntei ao porteiro e já faz uma hora que você saiu. Nenhum bilhete, nenhuma roupa, nem um beijo esquecido. Sumiu, assim.

07/05/2010

Aleatórias sobre Madah

"Porque dar de graça é digno e receber pra dar não?", pensava Madah enquanto acariciava os pêlos do suvaco que começavam a crescer.
Madah também sabia que dali a pouco, nas perigosas horas da noite, o fantasma da saudade de alguns anos atrás a atormentaria. Não existe consolo que a console, nem mão que a satisfaça, nem macho que a acalme, porque só quem amou uma vez na vida sabe o gosto de ser só.

23/03/2010

Visco

É que às vezes não dá pra dizer. A língua trava, o pensamento emperra e só me resta te observar.

Queria dizer palavras doces, dessas que derretem na boca, pra você não me achar tão frígida, nem coração-de-pedra, mas a trava línga e o pensamento pára.

Gosto do seu carinho. Gosto tanto quanto gosto da sua brutalidade, ainda que ela não seja assim tão evidente pra quem te observa de fora pra dentro.

Meu bem, às vezes eu não consigo dizer, mas a palavra se torna um visco, um castigo, uma coisa que não consigo cuspir da garganta, martírio filho da puta que insiste em me tirar do sério.

Quero mais um abraço, mais um beijo, mais um tapa, mais de querer ser sua e querer ser meu.

Ai, ai de mim.

16/03/2010

Momento, caneta, papel

Ele toma um novo rumo. O que antes era um amontoado de caracteres melados e sem pudor de o ser, agora são polidos ou enferrujados, qualquer coisa, menos o que eram antes.
To aqui pensando que na maior parte do tempo, minha vida foi muito nojenta. A prova está no meu teclado, grudento de lágrima, suor, porra e saliva. Por entre as teclas, tem caspa, fio de cabelo, pedaço de unha e pele.
Caralho, faz quanto tempo que estou sentada aqui? Eu quero ler, fumar, sair, beber, trepar e encontrar mensagens subliminares nos gibis da Turma da Mônica.
Qual foi a ultima vez que me encontrei comigo mesma? Nem a minha respiração eu sinto mais. Quero meditar, ficar bêbada e tentar correr pelada em um capo de futebol. Ok, nada de campos de futebol (e nem de "cancela" o campo de futebol).
Vou deitar no chão, lamber o taco, encerar a sala com a língua. Empregada-submissa-alucinada, com o batom (na boca fina) vermelho borrado, quase que servindo de blush. Nem sei escrever "blush", só to virando moça agora, passei esse pó vermelho nas bochechas duas vezes na vida.
Minha bunda adormece na cadeira e eu dou graças à qualquer divindade por ele estar tomando um novo rumo. Vai continuar assim, prostituído, sujo, com cheiro de sexo de ontem, cheio de confissões. Mas agora, com um novo rumo. Já disse: polido ou enferrujado, qualquer coisa, menos o que era antes.

Orgasmo

-Geme, sua cachorra. Se eu to te batendo, é que é pra você gemer.

11/03/2010

Tripa, porra e morte

Eu pisei na minha porra que tava no chão: escorreguei, bati, a cabeça e morri.
Morri, mas continuava vendo e eu via ela esfregando os peitos nas costas dele e eu chegando e arrancando as tripas dela pelo orifício anal, puxando com a mão de um jeito IN TER MI NÁ VEL.
Puta que pariu, quanta tripa, hein sua vaca?
Eu morri porque pisei na porra que tava no chão. A porra era minha, eu pisei e morri, então a culpa de ter morrido é minha e de mais ninguém. Morri porque gozei e eu só gozei porque queria morrer.
Gozei, mas continuava dormindo e nem sentia os lençóis molhados. Nunca vi tanta tripa na minha vida.

09/03/2010

O sono
está
fazendo
meu
rosto
der
re
ter.

10/01/2010

Só o loiro salva

Essas manicures só podem mesmo estar de graça com a minha cara. Arrancam metade do meu dedo no alicate e ainda olham pra mim rindo, com aquela cara de "A senhora perdoa, né?".
A minha vontade é de pegar aquele alicate e usá-lo pra picotar os mamilos dessas idiotas. Não perdoo não, retardadas. Doentes. Canibais do caralho.

Pior que isso só mesmo aquelas vendedoras de roupa chatas. Puuuts, eu saio de casa super disposta a gastar, comprar um monte de roupas e as vagabundas conseguem me tirar esse prazer. Já chego dizendo:
-Não gosto de cor de rosa, não gosto de lã, não quero calça larga.
E elas me mostram justamente o que eu não quero.

Divertido mesmo é ir no supermercado e encontrar uma pilha de pão vencido... Na prateleira!
Pego um pacote, vou até o gerente, digo que estão todos vencidos.
Bem ali, naquele corredor, digo apontando com o dedo, irritada.
-Obrigado por avisar senhora.
O filho da puta pega o pacote de pãoe já vai me dando as costas.
Eeeeeeeei, e se eu comesse pão vencido? É assim que tratam seus clientes agora? Que vontade de socar esse cara.

Esses dias, comprando uma filmadora, tive de esperar duas horas (sim, eu disse DUAS HORAS), pra conseguir pagar. Não era fila não, é que os incompetentes da Fujioka estavam fazendo o meu cartão. Porra, duas horas pra fazer um cartão? Me sentei em uma cadeira qualquer e logo vi que tinha um loiro bonitão na minha frente.
-Isso aí que tá tocando é Scorpions?- puxei assunto.
-É sim. Gosta de Scorpions, moça? - respondeu aquela gracinha de menino, mostrando que tinha os olhos verdes quando os levantou para mim.
Esperei, paguei, fui embora puta da vida. Só o loiro salva.

E se perguntarem, pode dizer que sou capricorniana sim.

06/01/2010

Madah, para os mais íntimos

Cabelo escuro, encaracolado, caindo sobre o ombro. A alça do sutiã aparece, fina, cor de rosa que quer ser vermelha. Os seios, muito brancos, deixam aparecer veinhas azuladas que são discretas e tímidas. As unhas estão pintadas de um vermelho escuro, tão clichê quanto bonito, reluzente com duas camadas de esmalte.
Ela passa o corpete por trás das costas, e o segura com as pontas dos dedos para abotoar em frente os seios: está se vestindo. O tecido firme faz com que suas formas sejam realçadas e, de um outro ponto de vista, aprisionadas, remoldadas.
Não usa batom nos lábios, e, mesmo se usasse, não seria motivo pra impedir a quantidade de palavras torpes que de sua boca são lançadas. É que Maria Madalena (Madah, para os mais íntimos) não faz questão de ser fina.
Há quem diga que Maria precisa de uns bons tapas. Já teve vários homens, transou em todas as posições possiveis e em todos os estados de espírito existentes. Ela quase transpira sexo.
Se olha no espelho, ensaia seu melhor sorriso. Admira seu corpo refletido naquele pedaço medíocre de vidro e tem certeza de algo, um pensamento que há muito vaga a sua mente.
Ela quer alguém, mas não um alguém qualquer. Maria Madalena procura por alguém capaz de lhe roubar flores e de sobre a cama, além de a chamar de seus vários nomes e pseudônimos, dizer que a ama. Afinal de contas, Maria-prostituta também tem seus sentimentos.