23/03/2010

Visco

É que às vezes não dá pra dizer. A língua trava, o pensamento emperra e só me resta te observar.

Queria dizer palavras doces, dessas que derretem na boca, pra você não me achar tão frígida, nem coração-de-pedra, mas a trava línga e o pensamento pára.

Gosto do seu carinho. Gosto tanto quanto gosto da sua brutalidade, ainda que ela não seja assim tão evidente pra quem te observa de fora pra dentro.

Meu bem, às vezes eu não consigo dizer, mas a palavra se torna um visco, um castigo, uma coisa que não consigo cuspir da garganta, martírio filho da puta que insiste em me tirar do sério.

Quero mais um abraço, mais um beijo, mais um tapa, mais de querer ser sua e querer ser meu.

Ai, ai de mim.

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