02/09/2009

O diabo da tentação

Me deitei pra estudar e coloquei o relogio pra despertar dali a uma hora. Não, eu não me concentrei em geografia ou urbanismo justamente por me lembrar de você tapando a minha boca enquanto a gente transava escondido.
Me levantei, andei pela casa, liguei a TV e aquilo parecia me perseguir, latejava na minha cabeça e no meio das pernas também.
Eu tatuei aquele sofá em mim. E ele só tinha os contornos, ninguém sabia o que queria dizer, talvez nem mesma eu soubesse. Enquanto perguntavam, eu olhava para o pulso.
Tudo bem, agora vamos acordar, dizia a professora de yoga nos despertando do transe. Merda, logo agora que tudo parecia real. A única coisa que me lembro é que antes de adormecer, uma formiga andava pelas minhas costas e só agora, virando de lado, vejo ela saindo meio zonza, embebedada com o meu cheiro.
Em casa percebo que meu travesseiro e meu lençol estão molhados. Eu não chorei, eu sonhei com o seu sexo e quase morri de tesão.
O que eu vou fazer quando chegar a noite? Vou ficar ali na janela, vendo a lua se mover até encostar no prédio da frente. E o Diabo da tentação me acompanha, do meu lado e dentro de mim.

2 comentários:

Kamilla Paes disse...

acho q me indendifiquei.! muito bom texto!

Unknown disse...

hunn... a noite eu apareço pra apagar seu fogo!! uhauhauahuah