25/07/2009

Um copo de vidro, um fone de ouvido

Um copo de vidro, um fone de ouvido, uma garrafa de coca-cola, um sutiã. Tudo em cima da mesa.
Edredon ou edredom velho, frio na cabeça, nostalgia que eu não tenho vontade de deixar ir embora. Hoje é dia de se lembrar daquela rua com marcas de pneus de bicicleta no chão. A mesma que me levou e me trouxe. A rua, não a bicicleta.
Nunca fui de ouvir Nando Reis, to ouvindo só pra me matar. Me disseram que todo esse esforço pra se lembrar é vontade de esquecer. Achei bonito na hora, depois descobri que era letra de música e passei a achar meio banal, talvez verdadeiro.
Vai ver eu gosto de ficar me martirizando assim. É que é bom lembrar daquele perfume, é divertido lembrar dos malucos correndo pelados no campo de futebol. Já faz tanto tempo que eu mal acredito, nem do rosto me lembro mais.
E agora estou me esforçando pra me lembrar. E talvez eu queira mesmo esquecer. E talvez eu só esteja escrevendo isso querendo acreditar que o blog é abandonado, mas no fundo com a esperança de isso ser lido.

Já passou, eu nem me lembro mais.

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